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Samadhi

Foto do escritor: AdminAdmin

Samadhi é um termo sânscrito que se refere a um estado profundo de meditação e união espiritual. Na filosofia do Yoga e do Hinduísmo, Samadhi é o oitavo e último estágio do caminho óctuplo de Patanjali, conhecido como Ashtanga Yoga. Este estado é caracterizado pela completa absorção e concentração da mente, onde o meditador experimenta uma união com o objeto da meditação e, eventualmente, com o eu supremo ou a consciência universal.


Em Samadhi, a dualidade entre o sujeito (o meditador) e o objeto (o foco da meditação) desaparece, levando a uma experiência de unidade e paz profunda. Existem diferentes níveis e tipos de Samadhi, cada um representando um grau de profundidade e clareza na meditação. Aqui estão alguns dos principais tipos:


Savikalpa Samadhi: Este é um estado onde a mente ainda está consciente dos pensamentos e do ambiente, mas há uma profunda concentração e absorção no objeto da meditação. É considerado um estado de meditação com suporte. O termo “com suporte” em relação ao Savikalpa Samadhi refere-se ao fato de que, durante este estado de meditação, a mente ainda utiliza um objeto de foco ou suporte para manter a concentração. Esse objeto pode ser um mantra, uma imagem, a respiração ou qualquer outro ponto de concentração que ajude a mente a se estabilizar e a se aprofundar na meditação.


Nirvikalpa Samadhi: Neste estado, a mente transcende todos os pensamentos e dualidades. É uma experiência de pura consciência, onde não há distinção entre o meditador e o objeto da meditação.


Sahaja Samadhi: Este é um estado natural e contínuo de Samadhi, onde a pessoa mantém a consciência da unidade com o eu supremo em todas as atividades diárias.


Vitarka Samadhi: Associado ao raciocínio, onde a mente alcança calma através de uma lógica especial.


Vichara Samadhi: Um estado de equanimidade onde a pessoa está ciente dos pensamentos, mas não é perturbada por eles.


Ananda Samadhi: Um estado de bem-aventurança e felicidade profunda.


Asmita Samadhi: Experiência profunda de meditação com a consciência de que "você é".


Esses diferentes tipos de Samadhi representam etapas no caminho da meditação e da realização espiritual, cada um proporcionando uma experiência única de conexão e paz interior.


Mahasamadhi 


Mahasamadhi é o estado que um yogi atinge quando decide conscientemente deixar seu corpo físico. Isso só é possível após alcançar a realização divina, ou nirvikalpa samadhi, onde o yogi reconhece e experimenta sua verdadeira unidade com Deus.


Ao entrar em mahasamadhi, o yogi transcende seu corpo físico e extingue seu karma, encerrando o ciclo de morte e renascimento. Este é considerado o objetivo final de qualquer buscador espiritual, pois representa a libertação completa e a dissolução na unidade do todo.


Podemos citar casos conhecidos, entre eles foi Paramahansa Yogananda que  entrou em mahasamadhi. Ele faleceu em 7 de março de 1952, durante um discurso em Los Angeles, Califórnia. Yogananda é amplamente reconhecido por ter alcançado mahasamadhi, pois ele deixou seu corpo físico de forma consciente e em um estado de profunda meditação.


Há relatos de outros mestres espirituais que entraram em mahasamadhi, abandonando o corpo de forma consciente. Além de Paramahansa Yogananda, alguns outros mestres conhecidos por terem alcançado esse estado incluem:


Swami Vivekananda: entrou em mahasamadhi em 4 de julho de 1902. Naquele dia, ele passou a manhã em profunda meditação e realizou suas atividades diárias com uma serenidade e propósito notáveis. Após uma refeição com seus discípulos, ele se retirou para seu quarto, onde entrou em um estado de meditação profunda e, eventualmente, deixou seu corpo físico.


Ramana Maharshi: entrou em mahasamadhi em 14 de abril de 1950. Ele passou seus últimos dias no ashram em Tiruvannamalai, cercado por seus devotos. Mesmo em seus momentos finais, ele manteve uma presença serena e uma profunda conexão espiritual, deixando seu corpo físico em um estado de paz e meditação.


Sri Yukteswar Giri: O guru de Paramahansa Yogananda, Sri Yukteswar, também é relatado ter entrado em Mahasamadhi em 1936.


Sri Ramakrishna: Conhecido por sua profunda devoção e ensinamentos espirituais. Sri Ramakrishna entrou em mahasamadhi em 16 de agosto de 1886. Durante seus últimos momentos, ele estava cercado por seus devotos e entrou em um estado profundo de samadhi, onde seu corpo se tornou rígido e ele experimentou uma absorção total na consciência divina. Este evento marcou a conclusão de sua jornada espiritual e sua união final com o divino.


Esses relatos são frequentemente encontrados em biografias e escritos sobre a vida dos mestres espirituais. 


Alcançar o estado de mahasamadhi é considerado um dos objetivos mais elevados na prática espiritual e requer um treinamento rigoroso e disciplinado. Aqui estão alguns métodos e práticas comuns que podem ajudar nesse caminho:


Meditação Profunda (Dhyana): A prática regular de meditação profunda é essencial. Isso envolve a concentração intensa e a meditação prolongada, onde o praticante busca a união com o divino e a transcendência do ego.


Pranayama: Técnicas de controle da respiração ajudam a purificar o corpo e a mente, preparando o praticante para estados mais elevados de consciência.


Disciplina Ética (Yama e Niyama): Seguir os princípios éticos e morais, como a não-violência, a verdade, a pureza e a autodisciplina, é fundamental para preparar a mente e o corpo para a meditação profunda.


Estudo e Contemplação: O estudo das escrituras sagradas e a contemplação sobre os ensinamentos dos mestres espirituais ajudam a desenvolver a sabedoria e a compreensão necessárias para alcançar Mahasamadhi.


Serviço Desinteressado (Seva): Praticar o serviço desinteressado ajuda a purificar o coração e a mente, removendo o egoísmo e promovendo a compaixão e a humildade.


Guru e Satsang: Ter a orientação de um guru (pessoa que vivenciou samadhi) e participar de satsangs (encontros espirituais) pode fornecer o apoio e a inspiração necessários para avançar no caminho espiritual. Um guru é um mestre ou guia espiritual que possui sabedoria e conhecimento profundos, especialmente nas tradições do Hinduísmo, Budismo, Sikhismo e Jainismo. A palavra “guru” vem do sânscrito e significa “aquele que dissipa a escuridão” (gu = escuridão, ru = aquele que dissipa). Os gurus desempenham um papel crucial na transmissão de ensinamentos espirituais e filosóficos, ajudando seus discípulos a alcançar a iluminação e a compreensão profunda da vida e do universo. Eles são respeitados não apenas por seu conhecimento, mas também por sua capacidade de inspirar e guiar outros em suas jornadas espirituais.


Essas práticas, quando seguidas com dedicação e sinceridade, podem ajudar o praticante a alcançar estados elevados de consciência.



Este conteúdo foi produzido com o auxílio da ferramenta de Inteligência Artificial (Microsoft Copilot, baseado na tecnologia GPT-4) e revisado pelo editor do blog.




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